Faço as minhas palavras iniciais vincar a ideia de diálogo construtor, não no sentido de fixar pensamento (todavia estimulá-lo), mas de fixar palavras que possam servir na nossa investigação informal como também resultar num sentido orientador – para nós, enquanto estudantes de Filosofia –, como para outros interessados.
Sinto-me, por isso, agradado por teres começado este diálogo pela questão directamente subjacente à área onde nos encontramos. A pergunta “O que é a Filosofia?” é de facto uma das maiores encruzilhadas não só dos próprios filósofos, mas também das pessoas “comuns” (seja o que for que “comum” queira dizer). Quem é que já não ouviu por exemplo (1) “A minha filosofia de vida é x ou y”, ou (2) “A filosofia da empresa caracteriza-se por x”, ou (3) “ A minha filosofia de treino é voltada para o ataque” (muito à la Mourinho), ou, ainda, (4) “Isso são filosofias!”.
Isto realmente é um problema de linguagem. O que queremos dizer quando utilizamos a palavra “filosofia” é de facto algo difuso e provoca usos que são diferentes àquele que provavelmente poderemos, tu e eu, discutir aqui. Esta identificação de “filosofia” com (olhando para os exemplos acima) (1) uma doutrina moral, (2) conceitos, (3) intenções ou (4) um conjunto de ideias vagas, vulgos: castelos nas nuvens, que não têm qualquer aplicação prática, demonstra aquilo que não é filosofia, embora esta lide com alguns desses elementos, nomeadamente as doutrinas, ideias, conceitos, entre outros.
Pergunta-se então: o que é a filosofia? O que é que implica filosofar? Ora, o meu argumento – já incluído numa das nossas conversas anteriores –, era o de comparar a filosofia a um rizoma, onde a filosofia seria o bolbo central e as suas raízes fontes de conhecimento. É preciso não confundir esta minha noção de rizoma com a teoria do rizoma de Deleuze. O que pretendo defender nesta noção é uma visão em que a filosofia, o bolbo central, é alimentada pelos nutrientes absorvidos pelas raízes – fontes de saber – e, através do que era absorvido, teria a obrigação de escolher, organizar, reflectir, antecipar, criticar o saber de modo a surgirem bons Humanos.
Como deves ter reparado, faço uma série de distinções nesta analogia, entre as quais, distinções gnosiologicas e morais, mas não falo de métodos, objectivos e de fundamentos, que poderemos abordar na altura apropriada. O que esta analogia pretende não é de modo algum estancar uma resposta do que é a Filosofia, quanto mais a fixá-la nesta noção; esta ideia apenas tenta representar a noção etimológica de philo-sophia, essa paixão pelo saber – na qual me identifico.
Sinto-me, por isso, agradado por teres começado este diálogo pela questão directamente subjacente à área onde nos encontramos. A pergunta “O que é a Filosofia?” é de facto uma das maiores encruzilhadas não só dos próprios filósofos, mas também das pessoas “comuns” (seja o que for que “comum” queira dizer). Quem é que já não ouviu por exemplo (1) “A minha filosofia de vida é x ou y”, ou (2) “A filosofia da empresa caracteriza-se por x”, ou (3) “ A minha filosofia de treino é voltada para o ataque” (muito à la Mourinho), ou, ainda, (4) “Isso são filosofias!”.
Isto realmente é um problema de linguagem. O que queremos dizer quando utilizamos a palavra “filosofia” é de facto algo difuso e provoca usos que são diferentes àquele que provavelmente poderemos, tu e eu, discutir aqui. Esta identificação de “filosofia” com (olhando para os exemplos acima) (1) uma doutrina moral, (2) conceitos, (3) intenções ou (4) um conjunto de ideias vagas, vulgos: castelos nas nuvens, que não têm qualquer aplicação prática, demonstra aquilo que não é filosofia, embora esta lide com alguns desses elementos, nomeadamente as doutrinas, ideias, conceitos, entre outros.
Pergunta-se então: o que é a filosofia? O que é que implica filosofar? Ora, o meu argumento – já incluído numa das nossas conversas anteriores –, era o de comparar a filosofia a um rizoma, onde a filosofia seria o bolbo central e as suas raízes fontes de conhecimento. É preciso não confundir esta minha noção de rizoma com a teoria do rizoma de Deleuze. O que pretendo defender nesta noção é uma visão em que a filosofia, o bolbo central, é alimentada pelos nutrientes absorvidos pelas raízes – fontes de saber – e, através do que era absorvido, teria a obrigação de escolher, organizar, reflectir, antecipar, criticar o saber de modo a surgirem bons Humanos.
Como deves ter reparado, faço uma série de distinções nesta analogia, entre as quais, distinções gnosiologicas e morais, mas não falo de métodos, objectivos e de fundamentos, que poderemos abordar na altura apropriada. O que esta analogia pretende não é de modo algum estancar uma resposta do que é a Filosofia, quanto mais a fixá-la nesta noção; esta ideia apenas tenta representar a noção etimológica de philo-sophia, essa paixão pelo saber – na qual me identifico.
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